7 de março de 2014

Mundano

Desculpa mãe,
Cada suspiro intensifica a culpa minha,
Que por desvairado acto levou aos vícios.
Desculpa pai,
Por não poder seguir em vida teus distintos passos
Que, ontem, fizeram de ti a figura que hoje admiro.

Meu corpo é fraco e meu espírito frágil,
Deixa-se levar pelos pequenos prazeres.
Meu intelecto percebe os males dos meus actos
Mas minha alma não ouve o que este lhe diz.

Tem prazer em comer chocolate
Quando o corpo se sente grande,
Tem gosto em beber álcool
Quando o cérebro já está embriagado,
Tem desejo de um cigarro
Quando os pulmões se sentem débeis.

Eis que assim me desfalece o corpo,
Tão delicado desde nascença e danificado
Pelos males mundanos que meu espírito viciam,
Oferecendo prazer instantâneo.

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